O ciclo que deverá se abrir com a exploração da camada Pré-Sal significa para os químicos e engenheiros químicos brasileiros um novo espaço de pesquisa e de empregos que ainda está por ser dimensionado. Entre as várias necessidades em perspectiva está a do conhecimento especializado na área de catálise, ferramenta básica desde o refino até a petroquímica. Do ponto de vista químico, dizem os especialistas, as características do petróleo oriundo do Pré-Sal são diferentes do material com que já se trabalha. O que abre uma fronteira para investimentos em pesquisa. Avaliar essa demanda e seus desdobramentos será um dos objetivos do workshop “Catálise na era do Pré-Sal”, que acontecerá durante a 34ª Reunião Anual da SBQ, no dia 23 de maio.
Para analisar tal cenário a coordenação do workshop convidou pesquisadores do CENPES, Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Miguez de Mello, da Petrobras, da UnB, da UFRGS, UFRJ e UFSCar. “Levamos em conta que a catálise é uma área de interface entre a química e a engenharia química”, explica Liane Rossi, do Laboratório de Nanomateriais e Catálise, do IQ da USP, coordenadora do encontro. “As pessoas que vão falar no workshop são aquelas que desenvolvem reações catalíticas de interesse para a indústria do petróleo”, acrescenta.
O workshop poderá auxiliar os alunos de graduação no momento de escolher a área na qual pretendem ingressar na pós-graduação, observa. A catálise, como disciplina, é ministrada em alguns cursos de graduação, mas o estudo aprofundado ocorre efetivamente na pós. Hoje, além da Divisão de Catálise da SBQ, que planejou o encontro, o país conta também com a Sociedade Brasileira de Catálise, como entidade difusora de conhecimentos sobre a área.
Via: Boletin eletrônico - Sociedade Brasileira de Química
Via: Boletin eletrônico - Sociedade Brasileira de Química
